domingo, 3 de outubro de 2010

Capítulo quatro: Os três caminhos parte um: As montanhas gélidas

Capítulo quatro:
OS TRÊS CAMINHOS
Parte um:
AS MONTANHAS GÉLIDAS







No dia seguinte, depois de dormirem e tomar café, os guerreiros receberam as notícias.

− Vocês estão preparados para exterminar com Thyanas e suas criaturas do mal. – disse Julies.
− Não sei por que nós. Vocês são deuses, são imortais. Por que vocês não a extermina? Vocês são mais forte que a gente. – disse Amanda.
Os deuses calaram-se. Foram pegos de surpresa.
− Com certeza tem alguma coisa por trás disso tudo. – acusou Caíque.
− Ééé. – confirmaram os outros guerreiros.
− Conte a eles, Julies. Ficarão sabendo mesmo. – disse Jennys.
Julies suspirou e concordou com a cabeça.
− É que um dos deuses teve relações com uma humana. Uma traição com a gente, porque é proibido deuses se relacionarem com humanos. − revelou Julies,
− Quem traiu? – perguntou Állan.
− Magnus. – respondeu Toninhus.
− Tenho a carne fraca. – disse Magnus.
− E o que a traição dele tem a ver com não poderem exterminar com Thyanas? − perguntou Matheus.
− Que Thyanas raptou o filho de Magnus. – respondeu P.Duraun.
− E por que vocês não podem ir lá e pegá-lo? – perguntou Caíque.
− Porque Thyanas protegeu seu castelo com uma magia desconhecida antideuses. – respondeu Gutus. – E só vocês podem resgatá-los. Vocês são os adolescentes mais fodas do mundo. (Somos mesmo. KKK)
Os guerreiros se sentiram.
Julies os instruíram da missão.
− Há três caminhos: As Montanhas Gélidas, casa do Abominável Homem das Neves; O Deserto Amaldiçoado, casa dos Monstros de Areia; e A Floresta Negra, casa dos Pênis Lança-leite. E já decidimos quem vai por onde: Állan, Amanda e Helba irão pela As Montanhas Gélidas, Caíque e Clara irão pelo Deserto Amaldiçoado e Heitor e Matheus irão pela Floresta Negra. – Julies respondeu pausadamente.
− E como saberemos a direção que devemos seguir? – perguntou Heitor.
− Isso é comigo – disse Luluz – Quando for dia, siga o sol e quando for noite, siga a lua. Eles te levarão ao caminho correto.
Os guerreiros ficaram apreensivos.
− Estão
− Estão prontos? – perguntou Julies.
− Não! – responderem os guerreiros ao mesmo.
− Não importa. Vocês irão mesmo assim. – disse Julies. – Separem-se em grupos.
Amanda, Állan e Helba se separaram dos demais e Clara e Caíque e Heitor e Matheus fizeram a mesma coisa.
− Deem¹ as mãos. – ordenou Julies. Os guerreiros obedeceram. – Fechem os olhos e só abram quando eu terminar de contar até três. Um, dois...
− Boa sorte, galera! – gritou Clara.
− TRÊS!
E os guerreiros desapareceram.



Állan, Amanda e Helba aparecerem num lugar estranho, inclinado e gelado. As poucas árvores que existiam estavam cobertas de neve. Neve era o que mais havia ali; as pernas dos três guerreiros afundavam a 10 cm.
− Que frio. – reclamou Állan.
− O que faremos agora? – perguntou Helba.
− Procurar um lugar para nos abrigar, caso contrário congelaremos aqui. – respondeu Amanda.
A nevasca se intensificou nos minutos posteriores, os guerreiros andavam, à procura de um lugar para abrigá-los, com dificuldade. As montanhas, às vistas dos guerreiros, pareciam se encontrar ao céu de tão grandes que eram.
− Seria mais fácil se o meu cavalo tivesse vindo com a gente. − reclamou Amanda. – Eu fui bem à prova do cavalo.
Segundos depois seu cavalo branco aparecera no horizonte galopando rapidamente e Amanda montou-o.
− E a gente? – perguntou Állan.
Se virem. – respondeu Amanda. – A Helba pode se transformar em ovelha. – lembrou-os.
− Ih é! – exclamou Helba e logo transformou-se em ovelha.
Helbovelha era maior que uma ovelha normal, pois tinha a mesma altura de um cavalo.
− Berrerre rerre rerrerrerre. [tradução: Assim é bem melhor.]
− Eu posso montar em você Helba. Assim, acharemos um lugar pra nos abrigar mais rápido. – sugeriu Állan.
− Berrerre. [tradução: Ok]
E Állan montou em Helbovelha. Os três guerreiros andaram mais rápido pelas montanhas geladas, mas não sabiam que a viagem estava apenas começando.
 − Será que não encontraremos nenhum lugar pra nos abrigar? − perguntou Amanda.
− Ali! – gritou Állan apontando.
− O quê? – perguntou Amanda.
− Acho que é uma caverna. – anunciou Állan.
− Caverna?! Pensei que fosse uma casa aconchegante. – lamentou-se Amanda.
− Ou ficamos com ela, ou congelamos. – disse Helba.
− Vamos então. – convenceu-se Amanda.
Os três guerreiros entraram na caverna escura.
− Aqui é mais frio que pensávamos. – disse Helba. – Teremos que fazer uma fogueira.
− Mas não tem lenha. – disse Állan.
− Você é o homem, Állan. Vá buscar lenha. –disse Helba.
− É, Állan. Vai logo.
Állan pôs-se fora da caverna à procura de lenha. Foi à árvore mais próxima, desembainhou a espada e cortou seus galhos.
− Como que eu vou levar tudo de uma vez? – perguntou-se. – Ah! Usarei o cipó.
Állan cortou o cipó da árvore, amarrou os galhos e, como um burro de carga, levou-os à caverna com dificuldade.
− Já era ora! Estamos congelando. – disse Amanda.
Állan bufou de raiva.
− Ainda acha que eu peguei a lenha!
− Mais que sua obrigação. – disse Helba.
− Não é porque eu sou lésbica que eu tenho que ser tratado como homem! – Állan explodiu.
Amanda e Helba riram.
− E agora, como acendemos isso? – perguntou Amanda.
− É fácil. – disse Állan.
Állan montou a fogueira, pegou dois gravetos e começou roçar um no outro. Uma pequena fumaça começou a surgir, logo o fogo acendeu. A fogueira estava pronta.
− AÊÊÊ! – gritaram as meninas. – Agora só faltam agasalhos.      Os melhores agasalhos são os de couro, mas como não tem couro por aqui, a lã serve.
− Onde arranjaremos lã? – perguntou Állan.
− Helbaaa – cantarolou Amanda.
− Quê?! Minhas lãs?
− É, Helba.
− E eu vou ficar pelada? – perguntou Helbovelha.
− Seria uma boa, Helba. – disse Állan.
− Eu tenho nojo de lésbicas, Állan. – disse Helba.
− Claro que você não ficará pelada. Não cortaremos tudo. – disse Amanda.
− Tudo bem, então. Somos uma equipe. – disse Helba.
− Uma equipe. – repetiu Amanda, que desembainhou a espada e começou a “depilar” a Hebolvelha.
E os guerreiros tiveram uma surpresa: à proporção que Amanda cortava os pelos² de Helba, os mesmos cresciam e isso permitiu que Amanda cortasse bastante pelo, podendo fazer casacos mais grossos.
− Como que vamos costurar? – perguntou Amanda.
− É só trançar. – respondeu Állan. – Minha mãe me ensinou.
− Vá em frente. – disse Amanda.
Állan trançou e aos poucos os casacos grossos foram surgindo.
− Prontinho, Amanda. – disse Állan ao terminar.
− Que ótimo! Ficou perfeito! Você poderia ser estilista, Állan. – disse Amanda.
− Não teve graça, Amanda. – reclamou Állan.
− E ainda podemos nos camuflar. Bem, agora temos que dormir, porque ainda temos muito caminho pela frente.
Os três guerreiros dormiram.

Seguiram caminho quando acordaram.
− Temos que seguir o sol. – relembrou Helba.
E assim fizerem. Subiram cada vez mais as montanhas geladas. O branco da neve fazia os olhos doerem. A paisagem era branca e melancólica. Um vazio. O vento, quando passava nos rostos dos guerreiros, parecia cortar-lhes. Seus lábios estavam feridos, as peles ressecadas, e os cabelos desgrenhados.
Seguiam o sol.
− Quero fazer xixi. – disse Állan.
− Vai logo; não podemos esperar muito. – disse Amanda.
Állan desceu de Helbovelha, correu até umas árvores, arriou as calças e urinou.
− AHHHHH! – gritou Állan.
− O que será que houve? – perguntou Helba a Amanda.
− O “pigulim” dele deve estar encolhido. Só isso. – disse Amanda.
− AHHHH! CASSETE! – Állan apareceu correndo.
− O que houve Állan? – perguntou Helbovelha.
− Venham ver isso. – Állan chamou.
E Amanda e Helba acompanharam Állan.
− Olha! – ele apontou.
− Pelos deuses! – exclamou Helba.
− Quem seria capaz de ter uma pegada deste tamanho? – perguntou Amanda.
No chão havia pegadas enormes. O ser, dono delas, deveria ter uns 7, 8 metros.
− Nós estamos nas Montanhas Gélidas, casa do Abominável Homem das Neves. – lembrou Helba.
− Vamos dar o fora daqui! – exclamou Állan.
Os guerreiros correram e começaram a galopar.

− ARRRRGH! – um grito.
O chão começou a tremer.
− O que é isso? –Állan perguntou e ao olhar pra trás viu um monstro. – Corram! É o Abominável Homem das Neves!
− ARRRRRRGH!
O monstro lançou uma gigante bola de neve sobre os guerreiros, que caíram longe.
Helbovelha se transformou em humana e, junto com Állan e Amanda, desembainhou a espada. Os três correram à luta contra o monstro.
− Ele é forte demais! – disse Állan.
− Mas não podemos desistir. – bradou Amanda. – Vamos!
O monstro tentou esmagá-los com socos de suas pesadas mãos e os guerreiros se esquivaram com dificuldade. Amanda se aproximou do monstro e enfiou a espada numa das pernas dele, todavia nada aconteceu com o ele. O monstro vendo Amanda ali a chutou longe.
− O que vamos fazer? – perguntou Helba.
− Apenas atacar! – gritou Állan.
Ele ergueu sua espada e seu escudo e correu em direção ao monstro.
A luz do sol refletiu no escuto metálico e atingiu um dos braços do monstro, que derreteu.
− É isso! – gritou Állan.
Állan fez com que os raios solares refletissem em seu escudo e que atingissem o monstro, que derreteu todo.
− Amanda, está tudo bem? – perguntou Helba.
− Sim. Onde está o monstro?
− Állan o matou.
− Como ele fez?
Amanda levantou. Os guerreiros continuaram a viagem e Helba, sob Állan, contou a façanha do garoto.

Continuaram seguindo o sol e a lua. Estavam seguros.





¹”Deem”: acordo ortográfico atual: some os acentos das palavras terminadas em ‘êem’ e ‘ôo’ (e ôos).
² “pelos”: acordo ortográfico atual: some todos os acentos diferenciais. Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente).

Para saber mais sobre o acordo ortográfico atual clique aqui.

3 comentários:

Clara disse...

Manolo, eu ri muito!
Állan montando na ovelha foi hilário!
"− Não é porque eu sou lésbica que eu tenho que ser tratado como homem! – Állan explodiu."
Caique, prossiga com sua história, por favor.
Quero ver a nossa parte. E a parte do Toti e do Matola. xD
Simplesmente FODA!

flaviane vic disse...

adorei você é demais um ótimo escritor,continue com a história ...por favor

Pedro Augusto disse...

Tenho a carne fraca. – disse Magnus.
kkkkk

E só vocês podem resgatá-los. Vocês são os adolescentes mais fodas do mundo. (Somos mesmo. KKK)
kkkk aham Claudia senta la kkkkkkkkkkkkkkk

E eu vou ficar pelada? – perguntou Helbovelha.
− Seria uma boa, Helba. – disse Állan.
kkkkkkkk safado

− O “pigulim” dele deve estar encolhido. Só isso. – disse Amanda.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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