sábado, 11 de dezembro de 2010

FINAL. Capítulo cinco: A batalha final.

Capítulo cinco:
A BATALHA FINAL






CENTENAS DE ANOS ANTES.


Era época de páscoa quando Julies estava com saquinho de bombons na mão prestes a jogar para os mortais, na terra. Atrás da deusa-superior, Thyanas corria com as mãos a frente pedindo os bombons:
− Julies, Julies, dá-me os bombons. Não dê nada a esses mortais pecadores. – implorou ela.
− Não! – gritou Julies. – Você já comeu bombons demais. Desse jeito tu explodes!
− Mas eu quero. – continuou Thyanas.
− Já disse que não! Agora, pare de me seguir. Você está parecendo com o Pac Man. – disse Julies.
Thyanas não entendeu o que era (o que seria) Pac Man, e nem quis saber. O que ela queria mesmo eram os bombons.
− NÃÃÃÃÃÃO! – gritou Julies lançando Thyanas longe.
Julies lançou os bombons a terra deixando o povo feliz.
Mas quem não estava nada feliz era a deusa Thyanas, que estava assistindo à felicidade das pessoas lá embaixo.
− Eles me pagam. – sussurrou ela. – Os deuses e essas pessoas. Todos eles.
Toninhus escutara Thyanas ameaçando e expulsou-a de God’s House.



CENTENAS DE ANOS DEPOIS



− Os nossos guerreiros conseguiram passar pelos seus caminhos. Todos. Fizemos o certo quando o escolhemos. Sinto-me orgulhosa. – disse Julies aos outros deuses.
− Agora eles vão enfrentar o mais difícil: entrar no Castelo Negro e capturar Pedro Augusto. E se Thyanas descobrir? Não devemos intervir? – perguntou Toninhus.
− Não podemos ir até lá. Ela protegeu seu castelo com feitiços antideuses, por isso que só os guerreiros, que são humanos, podem entrar. − respondeu Julies.
− Mas você disse que desconfia de que... – ia dizendo Maurus.
− De que quando os guerreiros entrassem o feitiço de proteção poderá se extinguir. – completou Julies. – Mas ainda não temos certeza. Deixemos que os guerreiros avancem sozinhos.



ENQUANTO ISSO OS GUERREIROS SAÍAM DE SUAS ÁREAS.



As Montanhas Gélidas, O Grande Deserto e a Floresta Negra se mesclaram e os guerreiros, ao mesmo tempo, apareceram.
Assim que se viram, se abraçaram.
− Gente, vocês não sabe da novidade! – exclamou Matola.
− O quê? O quê? – Helba perguntou ansiosa.
− Eu e Hei...
− Não temos tempo pra isso, Matheus. – interrompeu Heitor. – E aí, o que aconteceu no lugar que vocês estavam? – perguntou.
Amanda e Helba contaram da coragem que Állan teve e o sucesso deste ao derrotar o Abominável Homem das Neves.
− Sério? – todos perguntaram ao mesmo tempo.
− Sempre o mesmo tom de surpresa. – disse Állan.
Caíque e Clara também contaram o que eles passaram.
− A Clara mijou e queria comer o calango com a mão mijada... – disse Caíque.
Logo, foram a vez de Heitor e Matheus.
Por mais que Matheus tentasse falar o que rolou, ou quase, entre ele e Heitor, Heitor interrompia-o.
− Matheus queria ficar e dar pros Pênis Lança-leite. – disse Heitor em tom de negação enquanto os outros riam.
− Agora eu posso dar pra você. – Matola sussurrou no ouvido Heitor para que ninguém ouvisse. Heitor ficou sem graça.
− A conversa tá muito boa, mas temos que terminar com isso logo. Onde
está o castelo de Thyanas? – disse Amanda.
− Amanda tem razão; temos que continuar. – disse Clara.
E andaram à procura do Castelo Negro.
Não precisaram ir muito longe. O castelo se encontrava logo abaixo da montanha em que estavam. Um castelo negro e arquitetura redonda com várias torres.
− Por que o castelo é meio redondo? – perguntou Helba.
− Ouvi dizer que a Thyanas é gorda. – disse Amanda.
Os guerreiros riram.
− Como vamos entrar? – perguntou Caíque.
− Com aqueles dois guardas no portão será impossível. – respondeu Matola.
− Já sei! – exclamou Caíque.
− Aonde você vai? – gritou Clara.
− Confie em mim! – disse Caíque.
Caíque desceu um pouco o morro, se escondeu atrás de uma pedra, pôs duas flechas no arco, puxou-os para trás e soltou. Os arcos voaram e atingiram os pescoços dos guardas, que caíram agonizando. Caíque voltou e disse aos demais guerreiros.
− Derrubei os dois, agora duas pessoas têm que vestir as roupas deles e entrar no castelo, matar mais cinco guardas e nos chamar. – disse Caíque.
− Tá, e quem vai? – perguntou Állan.
− Você, por ter derrotado o Abominável Homem das Neves e você, Heitor. – disse Caíque com o apoio dos outros.
− Por que eu? – perguntou Heitor.
− Porque você é preto. – disse Caíque.
Os guerreiros riram.
− Tô brincando. – disse Caíque. – Você corre bem.
− Corro?
− Sei lá. Nunca te vi correndo. Mas é você quem vai.
− Toma cuidado, meu negão. – disse Matola. – Vou estar te esperando.
Állan e Heitor foram abraçados pelos demais guerreiros.
− Boa sorte!

Os que ficaram viram Heitor e Állan descer o morro e ficando cada vez mais distantes. Logo, não o viram mais.

Heitor e Állan chegaram ao portão no qual os dois guardas já estavam mortos. Despiram-se e vestiram-se com as roupas dos guardas.
− Esse aqui fede a cu de urubu. – disse Állan.
− Você já deve ter cheirado muito cu de urubu pra saber. – brincou Heitor.
Já prontos, entraram.
Quando passaram pelo portão o que viram foram ruas e casas. Parecia uma pequena cidade. Havia carroças, pessoas trabalhando e criaturas inimagináveis.
− Eu sou inocente, eu sou inocente! – gritava uma mulher sendo arrastada pelos braços por uma criatura de três olhos.
− Isso é o que a deusa Thyanas vai dizer.
O clima era de pura tensão entre os dois guerreiros.
− Temos que achar mais cinco guardas. Mas onde acharemos?
− Ei, vocês dois! – alguém gritou.
− Heitor, acho que é com a gente. Agora eu tô começando a ficar com medo. – disse Állan.
− Fica quieto, Állan. Essa pode ser a oportunidade. – disse Heitor.
Os dois foram até o guarda que os chamaram, num estabelecimento que, curiosamente, só tinha cadeiras e cinco guardas.
− Que foi? – perguntou Heitor engrossando a voz.
− A deusa Thyanas quer que dois guardas vão até ela. – respondeu o guarda.
− E por que não vão vocês? – perguntou Állan.
− Porque é vocês quem vão. – respondeu outro guarda.
− Mas não vamos mesmo. – disse Heitor.
Ele e Állan desembainharam suas espadas e começaram uma luta com os outros guardas. Faíscas saíam de suas lâminas junto com o barulho de metal com metal. Em um golpe, Állan quase perdeu a cabeça, foi pro um triz que conseguira se abaixar antes. Heitor, que parecia mais experiente em pegar numa espada, foi matando um por um dos guardas.

− Oh my Gods! – disse Matola. – Eles estão demorando. Será que estão bem?
− Fica calmo. Eles já devem estar voltando. – Amanda tentou acalmar.

Heitor e Állan arrancaram as roupas dos guardas e saíram batidos.
− Estão velhas, estão velhas! – disse Állan às pessoas que olhavam sem entender nada.
− Cala a boca, seu idiota! Somos guardas, não precisamos dar satisfações às pessoas. Eles nos temem. – disse Heitor.
− Ah tá. – lembrou-se Állan.
Os dois guerreiros saíram da propriedade de Thyanas e subiram o morro.
− Meu negão! – exclamou Matola ao ver seu amado. – Eu estava tão preocupado. Pensei que o pior tivesse acontecido, mas não. Você provou mais uma vez que é o meu herói.
− Obrigado. – disse Heitor.
Os outros assistiram à cena bizarra e nojenta e começaram a desconfiar dos dois, mas ao disseram nada.
Állan pigarreou e disse:
− Trouxemos as roupas. Um pra cada.
Os outros guerreiros se vestiram com a roupa roubada.
− Estamos toscamente parecidos com os guardas. Com exceção do tamanho e da musculatura. Só isso. – disse Caíque.
− Tomara que tenhamos sorte. – disse Helba.
Vambora. – disse Heitor.
E os guerreiros seguiram para a imensa propriedade da deusa Thyanas.
− Isso aqui mais parece uma cidade. – disse Amanda. – É imenso. Onde será que esse tal de Pedro Augusto está?
− Com certeza deve estar numa daquelas torres. – disse Matola.
− Como pode ter tanta certeza? – perguntou Clara a Matola.
− Eu adoro histórias de princesas. Sempre leio. – Matheus revelou. − Elas sempre são presas em torres. Já leram P.A.punzel? É uma história fantástica. O melhor conto de fadas que existe. A coitada da P.A.punzel fora presa numa torre imensa e sendo mal-tratada pela rainha Clara. Um dia um príncipe subiu pelas tranças das pernas de Punzel. Mas a coitada da Punzel se enganou quando pensou que o príncipe viado a salvaria, mas ele queria apenas saber o nome do guarda que ele vira lá embaixo. A rainha entrou na torre e teve uma luta sangrenta com o príncipe viado, mas foi Punzel quem matou a rainha para salvar o príncipe viado. Mas o príncipe a trancou novamente na torre. Punzel se viu presa novamente, então fora pra janela e começou a cantar. E foi através do seu canto que outro príncipe, P.A., escutou e a salvou e viveram felizes para sempre. – contou Matola com os olhos marejados d’água. – não é linda a história? – perguntou logo depois.
− É, é. Muito linda, mas não temos tempo pra ouvir histórias. – disse Caíque.
− Você não tem coração, Caíque! – exclamou Matola.
− Temos que continuar. Mas como que subiremos às torres? − perguntou Helba.
− Ei, vocês! A rainha precisa de guardas imediatamente à sala dela. – comunicou um guarda (verdadeiro) aos guerreiros.
− Se formos, estaremos mais próximos de encontrar o caminho da torre. – disse Clara.
− Ou não. – disse Amanda.
− Mas temos que arriscar. – disse Heitor.
− Concordo com o meu negão. – disse Matola ao lado de Heitor.
− Então vamos. Seja o que os deuses quiserem. – disse Caíque.
Os guerreiros andaram um pouco até entrarem no castelo. Um castelo escuro e de arquitetura redonda.
− Que cheiro é esse? – perguntou Állan.
− Cheiro de chocolate. – disse Clara. – Espera aí...
Clara andou até a parede, passou o dedo indicador e logo colocou na boca.
− Que sexy. – brincou Caíque.
− É chocolate! – exclamou Clara.
− Quer dizer então que o castelo é feito de chocolate? – perguntou Állan.
− É o que parece. – respondeu Heitor. – Temos que continuar, gente.
E continuaram.
Tudo no castelo era feito de chocolate, as paredes, os tetos, as janelas, as portas, as escadas, tudo.
Os guerreiros subiram as escadas; deduziram que a sala da deusa ficasse no último andar.
− Céus! – exclamou Állan.
− Que foi? – perguntaram os outros guerreiros.
− Olha aquilo. – apontou Állan.
Állan apontou para um quadro que ficava preso à parede. No quadro havia uma pintura da deusa. A deusa Thyanas era mais que gorda, ela era o mundo.
− ÓÓÓÓÓÓÓ. – disseram o os guerreiros.
− Será que é naquela porta? – perguntou Caíque.
− Vamos ver. – disse Clara.
Állan abriu a pesada porta de chocolate. E lá na frente, sentada a um gigante trono, estava a deusa Thyanas, devorando chocolates. A deusa Thyanas, com a boca suja de chocolate, disse aos guerreiros:
− Quanta demora! Mais uma vez e eu mando lhes cortarem a cabeça!
− Desculpa-nos, Vossa Santidade. Prometemos que não faremos mais. – disse Heitor engrossando a voz.
− Vocês estão pequenos demais, magros demais. Tenho que selecionar melhor os meus guardas. Enfim, quero que façam um serviçozinho pra mim. – disse a deusa.
−Pode dizer, Vossa Santidade. – disse Állan.
− Quero que vocês vão à torre mais alta e tragam-me o semideus P.A. (Pedro Augusto) e sua mãe. Fá-los-ei contar-me tudo. – disse a deusa.
− Tudo o quê? – perguntou Helba com a voz grossa.
− Isso não é da sua conta. Andem, vão, vão! – ordenou Thyanas.
Os guerreiros saíram da sala de Thyanas e começaram a procurar pela torre mais alta.
− Não temos ideia de onde fica essa torre. – disse Amanda.
− Mas temos que encontrar. – disse Matola.
Os guerreiros entravam em corredores, subiam e desciam escadas, deparavam-se com guardas, ouviam gritos que vinham detrás das portas, mas não conseguiam encontrar nenhuma torre.
Em frente a uma porta, dois guardas estavam parados.
− Temos que perguntar. – disse Clara.
− Você ficou louca? – perguntou Caíque em vão, pois Clara já estava falando com os outros guardas.
Os guardas explicou o caminho certo e Clara, fingindo ser um guarda superior e mal-educado seguiu em frente. Os outros guerreiros a seguiram. Apressaram-se para alcançá-la; Heitor perguntou:
− E aí? Ele explicou o caminho?
− Sim. − Respondeu Clara. – É só subirmos essa escada e virar à esquerda.
− Ei, esperem. Qual é a nossa missão? – perguntou Caíque.
− Capturar P.A. – responderem os outros.
− Mas não é o que nós estamos fazendo. Nós estamos subindo pra levarmos à rainha. Certo? – disse e os outros confirmaram. – Ela disse que ele e sua mãe terão de contar tudo. E se depois de contar “tudo” ela os matar? Não teremos chance de salvá-los e nossa missão fracassará. Temos que bolar um plano. – disse Caíque.
− Ele tem razão, gente. – disse Amanda. – O que faremos agora?
− É bem simples: – foi dizendo Állan. – é só pegarmos, agirmos de forma normal, sairmos pela porta da frente como se nada tivesse acontecendo.
− Ideia brilhante, Állan. – ironizou Heitor. – e se perguntarem o que estamos fazendo com os dois? – perguntou.
− Dizemos que vamos matá-los. – respondeu Állan.
− Állan pode ter razão, mas... onde que você aprendeu falar o português correto? Pra quem escreveu “impoz” com “z”, você até que tá falando direito. – disse Caíque incrédulo.
− Cala boca, Caíque. Temos coisa mais importante pra fazer do que discutir português e a burrice de Állan. Fracamente! – disse Heitor.
− Meu negão tem razão. – disse Matola alisando a cabeça de Heitor.
− Fica quieto Matola. Você só sabe falar “meu negão”.
− V...
− Calem a boca! – ordenou Clara. – Pensemos num plano.
− Pensei que o meu plano já estava decidido. – disse Állan.
− Vamos ir pelo plano de Állan mesmo. Não temos nada a temer. – disse Heitor.
− Ah não, só temos uma deusa megagorda que pode nos matar com um peteleco. – ironizou Amanda.
− Vamos logo. – disse Matola.
E lá foram os guerreiros. Subiram, temerosos, as escadas e viraram à esquerda. No final do corredor havia uma porta metálica.
− É ali. – sussurrou Állan. – Quem vai na frente?
− Meu negão vai, né, meu negão? – disse Matola.
Heitor confirmou e seguiu. Ele pegou o molho de chaves que ficava pendurado num gancho longe da porta, que fora aberta.
O semideus P.A. e sua mãe levaram um susto e estremeceram de medo.
− Pelo amor dos deuses, não façam nada com a gente. Eu imploro. – implorou a mulher.
− Ei, tô te reconhecendo. – disse Állan. – Você é aquela mulher que perdera o filho e que ainda há pouco estava sendo puxada pelo guarda lá embaixo.
− Ohhhhh, descobriu a Factolândia. – disserem os outros.
− Senhora, não faremos nada de mal com vocês. – disse Helba.
− Não somos guardas da rainha... – disse Clara.
− Somos os guerreiros escolhidos pelos deuses para resgatar P.A.. E agora você também. – disse Caíque.
Os guerreiros tiraram a espécie de “capacete” metálico que os guardas usavam para provar à mulher.
− Viemos salvá-los. – disse Heitor.
− Graças aos deuses! – exclamou a mulher.
− Ah, queria saber como está lá, onde moramos? As pessoas estão bem? – perguntou Clara com expectativa.
A mulher mudou de expressão. De feliz para preocupada.
− O que houve? – perguntou Matola.
− Foi horrível. A deusa Thyanas ordenou aos guardas que me capturassem para ela. E eles destruíram tudo. Eles colocaram fogo nas casas, nos comércios. Em tudo. Eles me acharam e me trouxeram, agora não sei mais como está a situação lá. – a mulher contou.
− Deuses! Como estão nossas famílias? – lamentou-se Clara. – Estou começando a ficar revolts com essa deusa dos inferno. Rapariga!
− Calma, Clara tudo deve estar em agora. – Amanda tentou tranquilizá-la. – Vamos, gente. Temos que ir agora.
Os guerreiros saíram da torre e refizerem o caminho de volta. Eles seguravam P.A. e a mãe de forma que as pessoas que os vissem pensassem que estavam os machucando.
− Esse castelo é muito louco. Feito de chocolate. – debochou Állan.
− Cala boca, Állan. Continue andando. – disse Heitor.
E saíram do castelo.
− Finjam choro. – disse Caíque. – Pra pensarem que estamos te machucando.
E P.A. e mãe fingiram.
− Lembre-se, Állan: não precisamos dar satisfações. – lembrou Heitor.
− Ok, ok. – confirmou Állan.
Tudo estava dando certo pros guerreiros. Estava fácil demais e eles nem ligaram.

− Vossa Santidade, os presos não se encontram mais na prisão, nem em parte alguma do castelo. – disse um guarda à deusa.
− MALDIÇÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!
O berro da deusa pôde ser ouvido por todos.
− Acho que a deusa já sabe! – exclamou Állan.
− É mesmo? Nem sabia. – ironizou Clara.
− Corram! – gritou Heitor.

A deusa pôs a cara na janela e gritou:
− DETENHAM-NOS! FECHEM OS PORTÕES!

Os guardas obedecerem.
Os sete guerreiros, o semideus P.A. e sua mãe foram cercados por guardas e monstros asquerosos.
− Estamos fodidos. – choramingou Állan.
− Não mesmo. – sussurrou Heitor. – Preparem suas armas para a batalha.
Todos os guerreiros se prepararam.
− Quando eu contar até três. UM, DOIS, TRÊS!
Alguns guerreiros desembainharam suas espadas, Caíque apontou seu arco e flecha e Matola sua gilete.
− AGORA! – berrou Heitor. 
E os guerreiros foram à luta. Golpeavam os guardas, abaixavam-se para se defender. As faíscas e o tilintar dos metais se mesclavam aos gritos, aos urros de dor e às gargalhadas dos guardas.
− Clara, abaixe-se! – gritou Caíque, que acertara uma flecha no peito esquerdo do guarda que tentara matar Clara.
− Valeu. – agradeceu Clara.
Matola correu pra ajudar seu amado que tentava combater três guardas.
− O meu negão não, trogloditas! – gritou Matola. – GILETE DE ANDRÔMEDA! – e cortou o braço de um dos guardas, que caíra urrando de dor.
Matola balançou a gilete e de sua ponta, pétalas de rosas saíram em direção ao guarda caído, fazendo-o adormecer.
Heitor, experiente em segurar espadas, matou os outros dois guardas que tentavam matá-lo.
Brigado, Matola. – Heitor agradeceu.
− De nada, môzi. – disse Matola.
Amanda furou a barriga de um. Állan se defendia com a espada e golpeava com o escudo. Caíque atingia com suas flechas. Clara cortava as pernas de outros. Helba ora lançava bola de lã, ora atingia com a espada. E foi desse jeito que os guerreiros mataram os guardas que os cercaram.
Mas aquilo não era sinônimo de vitória. O pior estava por vir.

Centenas de guardas apareceram marchando. O barulho dos pés batendo no chão era apavorante.
− Agora estamos realmente fodidos. – disse Állan.
− Se matamos esses aqui, podemos matar aqueles ali! Pela Factolândia! – berrou Heitor.
− PELA FACTOLÂNDIA! – berrou os outros.
E correram para a morte.

Os guerreiros conseguiram matar os primeiros da fila de guardas, mas foram rendidos rapidamente.
Me soltem, me soltem. – resistiu Amanda. – Desencoste de mim! Tire essas mãos dos meus braços. Está me machucando!
− Cala boca, branquela! – ordenou. – Agora vocês serão levados à deusa Thyanas.
Mas foi Thyanas que foi ao encontro deles.
− Alinhe-os aqui. – ordenou Thyanas com tom de superioridade.
E os guardas assim fizeram.
− Como ousam entrar no meu castelo? Como ousam roubar P.A. e sua mãe de mim? Como ousam matar os meus guardas? Logo vi que tinha alguma coisa de errado com vocês. Guardas magros e pequenos. Pois saibam: eu estou extremamente com ódio, crianças. Muito ódio. E sabem o que farei com vocês? Matar. – foi dizendo a deusa. – Sim, matar todos vocês. – disse olhando pra Clara, que balançava a cabeça negativamente chorando e dizendo “não” bem baixinho.
“Deuses, nos ajudem. Por favor.” pediu mentalmente Állan.



EM GOD’S HOUSE



Os deuses assistiram à toda luta.
− Julies, esta é a hora de intervir. Thyanas é perigosa. Ela vai matá-los. Julies! – disse Toninhos. – Temos que arriscar e ir salvá-los.
− Você tem razão, Toninhus. Precisamos ir. Agora. – disse Julies.
Os deuses se alinharam um ao lado do outro e voaram à terra. Para ajudar os guerreiros, que estavam prestes a morrer pela deusa Thyanas.



NO CASTELO NEGRO



− Matá-los-ei agora! – exclamou Thyanas.
Thyanas materializou uma espada de ouro cravada de brilhante.
− Agora! – berrou ela.
− Não se for impedida! – uma voz alta estremeceu o castelo.
Thyanas cambaleou (fazendo o chão tremer) para trás ao ver todos os deuses reunidos.
− Julies, Toninhos, etc.? – perguntou, Thyanas, incrédulas.
− SOLTEM OS GUERREIROS AGORA! – berrou Julies.
Seu berro fez os guardas que seguravam os guerreiros voarem.
− Quem é você pra mandar e desmandar no meu castelo? – desafiou Thyanas a Julies.
− Eu sou a deusa-suprema. Quem te colocou no mundo. Sua gorda dos inferno! – disse Julies. – Você é muito baixa mesmo. Virar do mal apenas por eu não ter te dado aqueles bombons. Sabe o que sua inveja lhe rendeu? – disse Julies com firmeza. – Já que você é deusa e deuses não morrem, você ganhou um passagem só de ida pro Mundo das Trevas. E arderá no mármore do inferno!
Julie apontou seu dedão ao chão e abriu um buraco enorme. Deu um grande berro e fez Thyanas cair no buraco. Depois fechou o grande orifício.
A deusa-suprema virou-se para os guerreiros e disse:
− Estamos muito orgulhos de vocês. Todos vocês.
Os guerreiros sorriram satisfeitos.
− Agora, me diz o motivo pelo qual arriscamos nossas vidas pra salvar a vida de um semideus magricela. – pediu Amanda.
− P.A. é filho de Magnus. P.A. é o único semideus. A morte dele seria o fim do nosso mundo, uma vez tendo sangue divino correndo em suas veias, com a morte dele, perderíamos as forças.
Amanda e os demais guerreiros por fim entenderam. Eles não salvaram P.A.. Eles salvaram a Factolândia.



DIAS DEPOIS. JÁ EM CASA.



Assim que chegaram a casa, os guerreiros mataram saudades das famílias. Logo se encontraram de novo.
− Ainda bem que tudo acabou bem, né? – disse Clara.
− É. – responderam os outros.
− Será que algum dia teremos aventuras tão perigosas quanto essa? – perguntou Matola.
− É claro! Afinal, somos a Turma da Helba! – disse Caíque.
Os amigos riram.
− Ah! e a novidade é que eu e Heitor...
− Agora não Matheus. – Heitor interrompeu Matola.
− Quando então? – sussurrou Matola.
− Em outra história, ok? – responde Heitor.

E é assim que acaba esta história. Não dá pra ter certeza se nenhum mal acontecerá, afinal, deuses não morrem.



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APRESENTA:

Uma história de:
Caíque Gomez


De acordo com a aparição:
OS DEUSES

Julie | Julies

Toninho | Toninhus

Luciano | Luluz

Elaine | P.Duraun

Jeniffer | Jennys

Carlos | B.Castorus

Vladmir | Vladimiro

Waldek| Waldeka

Rodrigo | Digaun

Jaqueline | Jaquelains

Ana Maria | Annamariah

Guto | Gutus

Mauro | Maurus

Magno | Magnus

Thyana | Thyanas


OS GUERREIROS

Caíque

Clara

Amanda

Matheus (Matola)

Helba

Állan

Heitor


SEMIDEUS

Pedro Augusto 



THE FACTOLAND’S CHRONICLES
2010

[adaptado]
Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
[...]
Albert Einstein


[adaptado]
BONS AMIGOS

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
[...]
Machado de Assis


À TURMA DA HELBA um grande obrigado e as minhas mentirosas desculpas.




2 comentários:

Clara disse...

AMEI A HISTÓRIA! Dá vontade de bater palmas depois de ler esses textos. Caíque, mais uma vez, está de parabéns!
Se eu for pegar algum trecho pra comentar, como sempre faço, terei que selecionar, copiar e colar a história toda! Poxa, e eu pensando que nessa história finalmente Matola e Toti iriam contar a novidade para os outros. Terei que esperar uma outra história para passar ma de tanto rir. Állan e seus devaneios foram muito engraçados!
Nossa, Thyana como Pac-man com os bombons de Julie. Nunca me esquecerei disso. E o castelo de chocolate? Eu provei e aprovei.
Ok, o que foi o Matola com a gilete de andrômeda e as pétalas de rosas? Está mais pra Afrodite de Peixes do que o Shun!
Enfim... Realmente, adorei ler essa história. Ri muito, muito mesmo! Principalmente com a parte da "Floresta Negra".
Vou sentir falta de todos vocês nessas férias. Mas, ano que vem, espero que possamos zoar muito mais! O fim está apenas começando...
SALVE A FACTOLÂNDIA, MÔZIS! *-*

Unknown disse...

eioaioeiaoieoaieo, mt manero caique!!
q criatividade hein eaiaoie

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